Teia de nylon, de seda ou brim
Sou eu quem decido o fio
Que tecerá a minha vida sem fim
E se enfim me deter
Na armadilha que criei
Inveto um jeito de gostar
De ter prazer e me render
Pois não há fácil maneira
De fazer santo o pecador
É de sonho e de pó
Cupim devorando o meu andor
Penso e paro
Vou e antecipo
Esperar demora o tempo
Da vontade de um grito