quinta-feira, 7 de maio de 2009

Felicidade, enfim.

Com tanta correria atualmente, acabei esquecendo de falar da correria. O teatro tem me consumido, o que é muito bom, mas que também não exclui o cansaço. Estamos em cartaz com "Morra Charles Querido", uma comédia totalmente tradicional e nada convencional. Contamos com a platéia no palco, reduzindo assim o número de espectadores para 40. Alexandre (diretor e ator) disse que todo mundo deveria fazer um espetáculo assim, uma vez na vida, pelo menos. Dá menos trabalho conseguir lotar a casa, o dinheiro é razoalvemente bom e há uma conexão direta e inevitável com a platéia. Por isso, além de trabalhar com quem se gosta, a gente se diverte também com o público. São coisas que valem todo o esforço. Elenco conta com Perla Duarte, Alexandre Marinho, Walerie Gondim (eu) e Jaida Mundim, como atriz convidada.
Apesar de toda dose de alegria que recebo diariamente no ambiente bom que é o teatro, o pontos negativos ainda surgem. Pra toda entrega há uma consequencia. A minha, tem sido a não-música.
Vez ou outra, nos intervalos de uma respiração mais prolongada, me preocupo em estar "abandonando" a canção. Sinto a distância, ao não ir no ensaio de Frutos do Eterno e até mesmo não poder participar de um show, deixando de cantar o samba-nosso-de-cada-quinta, ou me planejando para voz e violão nos finais de semana. É abrir mão de uma coisa pra segurar outra.
Ainda pouco, sentada no sofá, zapeando uns canais na tv, quase que desistindo da programação sacal...me deparei com a irresistível voz e sorriso de Marisa. Um documentário sobre o álbum "Infinito ao meu redor" (por sinal, muito bom). Quantas alegrias eu tive ao ver. A narração preocupada e carinhosa, mostrando segredos da música e da sua vida como musicista, me encataram de tal forma que me senti envolvida, como parte quem sabe até da sua equipe. Pude me perceber feliz e ansiosa e, por isso, me dei conta de uma coisa: a música jamais morrerá em mim. Tive certeza de que é isso que quero para a vida. Unir trabalho e vocação é uma dádiva, e é o que dá o sentido para a vida. Terminei de ver o documentário com uma lágrima despreocupada que escorreu, um sorriso no rosto e um aperto no peito. De saudade e de vontade. Espero me olhar no espelho daqui a alguns anos e, no meio de um intervalo de uma outra respiração mais prolongada, ver uma mulher realizada, sorrindo.

3 comentários:

  1. É cantora.. Acho que todos passamos por isso, essa sensação de 'será que estou vivendo tudo que quero?' Acho que é um pouco disso que se trata não é? Também amo música, apesar de não ter sido abençoado com o dom da cantoria rs, e também (apesar de querer) nunca aprendi a tocar nenhum instrumento.. Quem sabe um dia.. O importante é que a música é onipresente! :)

    Beijão!

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  2. Definitivamente seu talento não limita-se, aos palcos.
    Bem, sei bem o que é isso que sentes, só que em áreas diferentes. Eu,infelizmente tive que desistir do teatro.Mas,você tem um futuro lindo nesse caminho da arte, seja atuando, cantando(ou fazendo os dois ao mesmo tempo, que tal um musical, um dia), escrevendo, produzindo,enfim.Menina talento e copentência não lhe faltam.
    Oh, qualquer dia desses, vou lhe ver cantando.

    Beijão querida.
    sucesso sempre, na vida e na arte.

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  3. Eu posso gritar pro mundo que tenho uma prima artista? ou melhor atriz, cantora e compositora???
    :P

    mas me diz ta gostando da vida de blogueira?? cuidado heimm as vezes isso aqui vicia

    depois confere o meu

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