Eis a mais intrigante pena
De nossa existência carnal:
A gripe.
Converte as convencionais narinas
Em fabulosas arquiteturas mucosas
Cheias de secretas e detestáveis
Secreções
Que vão e vem
No balanço da respiração fadigada
E perpendiculam na ponta do nariz
Até o momento em que são puxadas
Com voracidade
Para dentro do crânio esmagado.
Entre fungadas que possuem o tom
Sol-sustenido-com-sétima-diminuta
Há uma pitada de raiva e desespero
Na comunicação nasalada.
A noite chega e todos os póros do corpo
Contorcem-se.
O pé bica a quina da parede
Mas descobre-se que, mesmo assim
A intrusa ainda parasita entre as entranhas.
É hora então de chorar
Aos pés do cobertor quente
E implorar incessantemente aos céus
Que a porra da constante e persistente gripe
Cesse.
Walerie Gondim
Bem,como comentei no seu fotolog... jamais vi alguém,descrever tão bem e com tão 'belas' palavras , uma consipação, que sempre é incômoda e chata. rs.Somente você para fazer isso. Talento é talento, né!?
ResponderExcluirAdorei. ;]
Beijão araruamanauara(que confusão,rs)!!
Vc é manauara,né?
Ainda bem que sou eu jogando na sua cara, afinal, fosse o contrário, eu pegaria a odiosa.
ResponderExcluirNÃO MORRA DE GRIPE SUÍNA, OU VOCÊ PODE VIRAR
UM ESPÍRITO DE PORCO!
abraços simpáticos de pedra