terça-feira, 17 de novembro de 2009
Vontades
A troca de informações, de questionamentos, de concordâncias; o diálogo de olhares, gestos, sorrisos é uma coisa que me fascina. Durante toda a vida, a gente molda uma série de signos que definem nossa personalidade, mas que adquirimos com todas as outras pessoas que passam por nós; sou uma planaridade em processo (eterno) de acabamento, formada por vários fragmentos. Somos assim. É necessário que a gente se comunique pra se recriar.
Eu adoro ficar em silêncio.
É nos silêncios que nos encontramos mais sinceramente. É na falta de fala que a gente planeja o que vai falar, porque a cabeça nunca pára de pensar.
Algumas pessoas não entendem isso e questionam o porquê do silêncio e eu não sei explicar, porque...preciso estar em silêncio. Preciso não saber dizer, preciso estar na etapa da construção. Não sou menos feliz por não sorrir quando não quero, por não conversar.
Sou aprendiz.
E é exatamente por isso que eu vivo em contradição. Isso é o que eu já sei.
O resto eu vou aprender devagarinho. Entre a tagarelice e a mudez.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Qualquer palavra para um título.
Fiz e refiz várias frases para começar esse post.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
a novidade veio dar na praia!
Rio das Ostras enfim chegou e saiu invadindo as minhas portas sem muito pudor, trazendo vários pássaros, pessoas e água do mar.
Penso sempre em muita coisa pra dizer, mas aí vem uma pequena misturinha de preguiça, reserva e dificuldade de colocar nas palavras o que acontece na cachola.
Aí, little friends, limito-me a INFORMAR-LHES (tô aprendendo na faculdade, Alexandre), que estou - adaptavelmente - feliz, surpresa e curiosa pro que tá acontecendo. Moro do lado da praia e isso me aproxima de muita coisa querida: coisas e pessoas.
Tenho sentido mais fome que nunca, para a surpresa dos meus convivas, e acho que vou acabar engordando! A culpa é do meu veteramigo Alô, que me indus à gula. Eu não consigo parar, alguém me ajuda, por favor.
Produção Cultural é de um encanto que...sei lá.
Obrigada, Ti, por falar da poesia. Eu nunca esqueço dela e acabo esbarrando contigo quando eu lembro: sempre.
Num é que neguinho já tá me sondando pra botar o gogó no mundo? Rapeize...
Quero palco, quero palco! Música e Cena!
Antes de ir embora, visita o blog do grupo? Tá bonito e pincelado de coisa nova.
Tô aí, olhando, porque a boca...ah, essa ainda não sabe contar!
Até!
terça-feira, 11 de agosto de 2009
foi afim o fim de femana
Ficar de máscara na cara era curioso pra mim até sexta, quando passou a ser irritante - já que respirar pelo nariz era impossível e a boca estava abafada.
"Sinusite", ela me disse. A novidade veio com muitos remédios (nem tão novo assim). Mas isso é papo hipocondríaco, eu já tô melhor. O triste é ver o alarido da humanidade por uma coisa que ela mesma criou...
Sábado eu consegui a experiência mais traumatizante do ano: andei de kart. Sou ruim e fraca - o volante é muito duro! Tive que virar com as duas mãos por várias vezes. Além de correr com gente que já sabia, bater 3019357387875430984 vezes nos pneus, concedi o primeiro atropelamento do cara que ficava na pista! Definitivamente, os 15 minutos mais longos e torturantes da minha vida.
Isso não quer dizer que eu nunca mais volte lá.
No domingo, sorrisos do pai, histórias e almoço com a casa. Mais tarde, me rendi a dry beach com as meninas e Jeff. Não consegui abrir o olho pra tirar foto e o cabelo sempre teve vida própria, eu disse.
Foi bom. Precisava do sol no meu rosto e do mar, pra desentupir os póros e a alma.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
de mínima em mínima, o compasso enche a partitura.
Minha primeira influência direta, fato.
Quando eu ia carregada às serestas dos coroas, criança, achava um saco. Ficava por ali brincando, roubando comida de vez em quando, ou com a mão no queixo, entediada. Mas eu sempre parava quando eles abriam o livrão e começavam com "Andança", "Boemia", "Carinhoso". Meu pai conversando com o violão, cantando seu baixo profundo que contrastava com minha sopraníssima mãe. Eu prestava atenção e vidrava. Eu amava cada movimento deles e adorava ver aqueles sorrisos à volta. Cantarolava baixo as músicas antigas (preciosas, como eu vim entender mais tarde), que eu já sabia de cor e salteado.
Da mesma forma, eles estavam desse jeito, cantando, juntos, na seresta, na missa ou no sofá de casa. E por quantas vezes já me fizeram marejar os olhos de emoção.
Hoje eu sei compartilhar essa felicidade, porque eu entendo e sinto.
É tão bom viver o céu dentro de casa!
(Super providencialmente, hoje é aniversário dele: parabéns pela vida, pai!)
Agora eu sei do que eu vou sentir mais falta quando eu me mudar: de uma segunda-feira à noite qualquer, preguiçosa, embalada pelos meus anjos; dessa felicidade gratuita, cúmplice e que não necessita explicações.
sábado, 25 de julho de 2009
Vermelho Escarlate
Menstruação é foda.
sábado, 11 de julho de 2009
Cabelo raspadinho, estilo Ronaldinho.
Nada contra cuidar do visual. Acho até bacana, um trato aqui, outro acolá. Mulher é vaidosa por natureza e precisa desses tipos de cuidado. Mas daí a ficar obcecada por pagar uma fortuna com escova de chocolate, marroquina, carabina, estriquinina, por um puxa-puxa de raíz, por um bife sangrando...isso é tortura! É demais pra minha cabeça.
Prefiro continuar com meus frizz, com meus cantinhos de unha sujos, gastar dinheiro com chocolate de comer, e deixar pra sofrer só as dores inevitáveis.
É hora de abolir outras escravidões.
Um brinde à natureza humana, tão bela por si só!
terça-feira, 7 de julho de 2009
Ok, here we go.
Estranha. Assim me denominaram
outro dia.
Pensei sobre isso.
Se minha estranheza, segundo
apontaram, implica em ser oculta, na
escolha de não me fazer saber aos
outros, ah, eu gosto de ser
estranha. É nesse descobrimento que
está a graça da estranheza.
Sinto-me, por vezes estranha, por
não conseguir botar mais nas
palavras o que minha boca quer dizer
e por não conseguir botar na boca o
que minha cabeça pensa.
Mas talvez isso seja fruto do pensar
demais. Tentar tornar o inconsciente
coisa consciente. Aí a confusão que
se cria é mais viva na linha tênue da
racionalidade com a sensibilidade.
Me atrevo a tentar explicar,
ordenadamente, mas vejo não
carecer explicação. Saber do que
penso, por enquanto, é o suficiente.
Mostrar isso aos outros, já é outra
história.
Conhecer-me "estranha", me
tranquiliza: sofro de tudo, menos de
normalidade.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
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quinta-feira, 25 de junho de 2009
Fragmentos
Acordei às 7:00h de sábado. Partimos do Rio às 13:00h . Chegamos às 16:30. O nome da cidade era Queluz, interior de Volta Redonda. A primeira impressão que tive do ambiente foi amigável. Cidade bem pequena, toda enfeitada com bandeirinhas, gente acolhedora...características próprias de interior interior (mesmo). Essa foto é do hotel onde ficamos, 20 min da cidade. Um telefone de não sei quando. A cozinheira simpática me disse que funcionava até pouco tempo atrás. Hotel fazenda. Gente mais acolhedora ainda. Que lugar bonito e tranquilo. Foi bom curtir o cansaço sem aquele zumbido no ouvido e sem uma porrada de informação (poluição) visual. Tínhamos bastante tempo até a hora do show, estávamos previstos para 1:00h. Passamos o dia entre sorrisos, passagens de tons e conversas com a cozinha. Foi bom conhecer os meus músicos. Boa gente, bons amigos. O pessoal do hotel, funcionários e hóspedes, insistiram para que saíssemos do quarto e fossemos ensaiar lá fora, pra que todo mundo ouvisse. A gente foi. Noite alegre! A madruga adentrou e lá fomos nós ao trabalho. Claudinho, o motorista: que figura! Pena ter descoberto isso um pouco tarde. Ele filmou e tirou foto do show. Ainda dançou forró comigo durante o show! hahaha. Ah, o show. Fantástico. Muita gente, superando em 120% minhas expectativas, povo animado. Me senti à vontade. Me pegava sorrindo de vez em quando. Antes de nós, uma dupla sertaneja. Norton e Norberto (ou alguma coisa assim), conhecem? O nosso show começou às 2:00, acabou 4:30. Descansamos, brincamos e conversamos no camarim por mais ou menos 10 minutos. Conheci o produtor da festa, que é também produtor do Moraes M. Gente fina, Serginho. Voltamos para o hotel com os maxilares doendo de rir, nos contorcendo na van. Jó Reis, zabumba. Comédia! Chegamos às 5:00 e ainda tava rolando festa dos hóspedes. A galera tava esperando a gente pra tocar na festa. Bêbabos, animados e insistentes, conseguiram nos convencer. Brincamos, cantamos e dançamos até às 7 da manhã. Nos despedimos daquela gente amiga e passageira, arrumamos as malas e pegamos estrada. Dormi um sono quebrado, torta e cansada na van. Chegamos no Rio às 11h. Cheguei em Araruama 13h. Comi, banhei, fui para o teatro. Mais van. Mais riso. Mais música. Tinha saudade do pessoal. Nostalgia. Chegamos em Arraial não sei que horas. Não conseguia mais processar. Teatro péssimo. Apresentação ótima. Volta. Flash de sono. Casa. Oi, cachorros. Oi, mãe. Oi, pai. Amanhã eu conto. Cama bagunçada. Pensamento antes de dormir: que cansaço feliz...
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Simplicidade e Providência
Ah, como ele veio elegante. Quebrando meu pensamento pragmático, arrebatando os meus sentidos. Iluminou meu dia bem dentro da cozinha. Mudou meu jeito de olhar e converteu minha face num sorriso.
Vagueou por ali durante algum tempo, com sua rapidez polida. Me ensinou alguma coisa sobre a liberdade e logo foi-se embora, voando, azul, o beija-flor.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Cultura
O girino é o peixinho do sapo/
O silêncio é o começo do papo/
O bigode é a antena do gato/
O cavalo é pasto do carrapato/
O cabrito é o cordeiro da cabra/
O pescoço é a barriga da cobra/
O leitão é um porquinho mais novo/
A galinha é um pouquinho do ovo/
O desejo é o começo do corpo/
Engordar é a tarefa do porco/
A cegonha é a girafa do ganso/
O cachorro é um lobo mais manso/
O escuro é a metade da zebra/
As raízes são as veias da seiva/
O camelo é um cavalo sem sede/
Tartaruga por dentro é parede/
O potrinho é o bezerro da égua/
A batalha é o começo da trégua/
Papagaio é um dragão miniatura/
Bactérias num meio é cultura.
Arnaldo Antunes
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Saudosismo!
E viva Las Postiças!
sexta-feira, 22 de maio de 2009
EV OL UÇ ÃO
Fiquei três dias definhando em casa à base de remédio, filme, livro, mais remédio e alguma comida. Preciso me alimentar direito, me agasalhar direito e queimar gordura localizada (pança). A quinta foi a segunda-feira da minha semana e começou com mamão no café e sol de meio-dia na cabeça, fazendo divulgação no sinal. Fiz algum sucesso com meus: "Boa tarde, 'Borra Charles Querido', sextas, sábados e dobingos" e bla bla bla. Duarte e Gomes não perdem a oportunidade de uma boa zuação. Es-cro-tas como só (nós).
À tarde a visita já esperada da noiva do casamento do dia 30, Lu. Agitada e falante, me contava do acidente do noivo, dias antes, com calma e sutileza. Não parecia nervosa. Portanto me atrevi a perguntar: "Tá ansiosa?". Ela disse " não", com um certeza absurdamente tranquila. Me despertou interesse curioso aquela afirmação: ela era novidade no meu "catálogo" de noivas desesperadas. Ela não era.
Escolhemos as músicas com carinho e rapidez, ela tinha pressa. Conversamos mais um pouco, acertamos horários e valores e ela decidiu que iria já no banco retirar o dinheiro para me pagar. Me convidou para ir junto; eu fui. O caminho foi agradável, de boas risadas e conversas de pôr-do-sol. Confidenciamos com facilidade - e porque não dizer felicidade - e logo chegamos ao banco. Antes de entrarmos eu disse: "Lu, se estiver apertado ou se quiser me pagar depois, quando ver o resultado, não tem problema." - disse, quase que em tom de brincadeira. Ela entrou, sacou o dinheiro, entregou em minhas mãos e sentenciou solene: "Eu confio em você."
Meu dia poderia ter encerrado por ali. Aquela frase simples mecheu comigo. Era a confiança de uma praticamente desconhecida, sendo depositada em mim. Fiquei feliz, genuinamente feliz e deixei que um sorriso natural escapasse do meu rosto, ainda um tanto incrédulo. Despedi-me dela e passei a pensar na confiança. De como o ser humano desaprendeu essa palavra, na prática. Pensei nos pontos vermelhos no meio dos cinzas; pessoas como a Lu, que ainda a depositavam nos outros, sem exiogir tempo ou provas em troca.
Foi então que eu pensei na confiança como coisa utópica e prática, existindo num tempo de purezas e evoluções.
A evolução implica no dom de se doar. Doar implica em amar, praticar a justiça e confiar, mais uma vez, nova e diferentemente.
É hora de nos doar. Despertemos.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
A Teoria da Constipação
Eis a mais intrigante pena
De nossa existência carnal:
A gripe.
Converte as convencionais narinas
Em fabulosas arquiteturas mucosas
Cheias de secretas e detestáveis
Secreções
Que vão e vem
No balanço da respiração fadigada
E perpendiculam na ponta do nariz
Até o momento em que são puxadas
Com voracidade
Para dentro do crânio esmagado.
Entre fungadas que possuem o tom
Sol-sustenido-com-sétima-diminuta
Há uma pitada de raiva e desespero
Na comunicação nasalada.
A noite chega e todos os póros do corpo
Contorcem-se.
O pé bica a quina da parede
Mas descobre-se que, mesmo assim
A intrusa ainda parasita entre as entranhas.
É hora então de chorar
Aos pés do cobertor quente
E implorar incessantemente aos céus
Que a porra da constante e persistente gripe
Cesse.
Walerie Gondim
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Singelas, doces, puras
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Felicidade, enfim.
Apesar de toda dose de alegria que recebo diariamente no ambiente bom que é o teatro, o pontos negativos ainda surgem. Pra toda entrega há uma consequencia. A minha, tem sido a não-música.
Vez ou outra, nos intervalos de uma respiração mais prolongada, me preocupo em estar "abandonando" a canção. Sinto a distância, ao não ir no ensaio de Frutos do Eterno e até mesmo não poder participar de um show, deixando de cantar o samba-nosso-de-cada-quinta, ou me planejando para voz e violão nos finais de semana. É abrir mão de uma coisa pra segurar outra.
Ainda pouco, sentada no sofá, zapeando uns canais na tv, quase que desistindo da programação sacal...me deparei com a irresistível voz e sorriso de Marisa. Um documentário sobre o álbum "Infinito ao meu redor" (por sinal, muito bom). Quantas alegrias eu tive ao ver. A narração preocupada e carinhosa, mostrando segredos da música e da sua vida como musicista, me encataram de tal forma que me senti envolvida, como parte quem sabe até da sua equipe. Pude me perceber feliz e ansiosa e, por isso, me dei conta de uma coisa: a música jamais morrerá em mim. Tive certeza de que é isso que quero para a vida. Unir trabalho e vocação é uma dádiva, e é o que dá o sentido para a vida. Terminei de ver o documentário com uma lágrima despreocupada que escorreu, um sorriso no rosto e um aperto no peito. De saudade e de vontade. Espero me olhar no espelho daqui a alguns anos e, no meio de um intervalo de uma outra respiração mais prolongada, ver uma mulher realizada, sorrindo.
Peripércias de Quarta-feira
Gosto quando os dias e as pessoas me surpreendem. O dia trata-se da quarta-feira.
Quarta-feira é o meio da semana. Não é nem mais perto do meio, nem mais perto do fim. É exatamente no meio. Pela imparcialidade, tem toda a característica de um dia neutro.
A pessoa trata-se do Belmont. Não tenho muito o que dizer sobre ele, além da própria definição que ele encontrou para si próprio: livre e inconstante.
A noite de foi de ensaios para "O Noviço", que estreia em Junho, seguido de cinema e cerveja num pé sujo.
Conversamos mais que o usual e descobrimos coisas sobre nossas personalidades e sobre o mundo. Conversas que a gente normalmente encontra em mesa de bar. Sempre gosto dessas conversas com gente que tem o que me oferecer.
Cheguei à conclusão de que sou feliz, dentre outras coisas que eu não defini, pelas pessoas que me rodeiam, pelo palco, pela música e pela minha fé.
Botar isso na mesa e brindar os descobrimentos é o melhor que podíamos fazer, tornando assim o meio da semana, um dia cheio de sentido!
Celebro a nossa descoberta com uma foto do Festival Eletrorgânico, que achei em algum lugar, e que é pura celebra-ação!
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Começo do meio?
Hoje é uma terça-feira. Minto: madrugada de quarta. Mais um dia dos muitos agitados. Na verdade, eis aí o motivo de nascimento desse blog: pouco tempo pro computador, muita coisa pra dizer. Quero encarar isso aqui como um novo marco, já queria fazer um há algum tempo e meu orkut foi hackeado e deletado. Pronto, motivos perfeitos! Aqui é onde eu vou compartilhar um pouco de mim, atualmente, sem muitas reservas. É hora de experimentar coisas novas. A começar pelo nome deste...
Começando com algumas muitas palavras, vou escrever um texto que havia preparado para postar aqui na semana passada, que era quando gostaria de iniciar o blog, mas como não consegui, por falta de tempo, aí vai ele. Have fun!
Final de semana de surpresas curiosas, no mínimo. Levamos "A Comédia dos Sexos" para Saquarema nos dias 25 e 26 de Abril. Os dias precedentes foram de divulgação e não podiam contar com melhores risos que o da Dani. Amizade bonita. Quantos personagens estranhos passaram por nossos caminhos estes dias. Como diz ela: "é o imã para a loucura". Talez seja. Que bom.
A casa encheu. Uma boa aprentação apesar da precariedade do teatro. Carência de estrutura, de assentos e de simpatia assalariada (se é que entendem...). O público foi maravilhoso. Quero voltar lá e ver a alegria de parte do elenco que ainda não conhecia a cidade e seus prazeres. Adoro Saquarema. É pisar naquelas terras e respirar diferente.
Voltamos cansados, com boas histórias para contar, algum dinheiro na mão, experiência na mala e (eu) com a voz rouca. Preciso procurar um médico...
Retomar à escrita é um jeito de exercitar a memória, manter a preguiça longe e renovar a habilidade com as palavras.
Palavras necessitam de espaço para existir. Sejam elas na boca, na folha, na tela. É meu mínimo dever concebê-las e compartilhá-las.
Tá bom. Até que eu consegui lembrar que dia é hoje...
Ou seria amanhã?